ARCOVERDE


Por Leonardo Silva, Pesquisador

No início do século XIX, na região entre a serra de Aldeia Velha e Caiçara, outrora habitada pelos índios de Ararobá, especialmente os Xucurus, um pequeno povoado começou a surgir na caatinga, dando origem a Olho d’Água. Nessa época, as fazendas de gado prosperavam, sinalizando mudanças na paisagem e na vida local.

Em 1812, o português Leonardo Pacheco Couto assumiu o comando da fazenda Santa Rita e ordenou a construção de uma igrejinha em homenagem a Nossa Senhora do Livramento. Em 1843, os primeiros registros de batizados foram feitos, consolidando a importância religiosa da comunidade.

Somente na metade do século, teve início o caminho das boiadas, com a construção de uma estrada que ligava a vila de Pesqueira à povoação. Em 1867, a capela passou pela primeira reconstrução, e nesse ano, a localidade foi registrada como Olho d’Água dos Bredos.

Em 1909, a povoação foi elevada à categoria de vila. Em 1912, após a morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, e a chegada dos trilhos em 13 de maio, a vila passou a se chamar Rio Branco, ainda sob jurisdição do município de Cimbres. Em 1928, Rio Branco foi elevada à condição de cidade e sede do município pela lei estadual nº 1931 de 11 de setembro de 1928, em vigor a partir de 1 de janeiro de 1929.

Em 11 de setembro de 1928, Rio Branco foi transformada em cidade, incorporada pela fazenda Tatu de Buíque e, posteriormente, pela fazenda Ipojuca de Pesqueira.

Em 1943, o município teve seu nome alterado para Arcoverde, em homenagem a D. Joaquim Arcoverde Albuquerque Cavalcanti, 1º Cardeal do Brasil e da América Latina, nascido na Fazenda Fundão deste município. A mudança de nome foi estabelecida pelo decreto Lei Estadual nº 952 de 31 de dezembro de 1943, assinado por Júlio Celso de Albuquerque Belo, presidente da Câmara Estadual e titular do governo estadual na ocasião.

Fonte: Histórias da Região - Pedro Salviano Filho (https://bit.ly/3dRcIMi)

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